Uma aventura perturbada pela crise na Argentina
Viajar de carro é o sonho de muita gente, especialmente para quem mora no Sul do Brasil. As paisagens mudam constantemente e a segurança na estrada garante uma viagem tranquila. Mas para transitar entre países do Mercosul é obrigatório dois documentos: um seguro para o carro chamado de Carta Verde e o proprietário do veículo deve participar da viagem com a documentação em dia (dele e do veículo).
Saindo da Serra Gaúcha em direção à fronteira com o Uruguai, em Santana do Livramento, dá para fazer o percurso em até sete horas, mas quando a intenção é chegar em Buenos Aires (1.328,2 Km), o jeito é dirigir um pouco mais até a Província de Tacuarembó (631,9 Km).
De Bento Gonçalves até Santana do Livramento são 516,3 Km, trafegando pelas rodovias BR-287 e BR-158. Em julho de 2018 foram 4 pedágios de R$7,00 nas praças de Boa Vista do Sul, Cruzeiro do Sul, Venâncio Aires e Candelária.
Para andar sempre com o tanque de combustível cheio reabastecemos em Venâncio Aires (R$4,79 litro), Rosário (R$4,70 litro) e Tacuarembó (R$5,54 litro ou $U 50,40 (pesos uruguaios), onde a Pousada custa em média R$ 180 para um casal.
Saímos cedo por conta do trecho que estava em manutenção até a Província de Paysandú. São 271 Km de estrada, sem nenhum posto de combustível ou lanchonete para você fazer um pit-stop, por isso é bom sair de Tacuarembó com tanque cheio e papel higiênico a bordo.
Em Paysandú, o pedágio antes da Ponte Internacional General Artigas custou R$ 7,76 ou $U 70,55 (pesos uruguaios). Para cruzar a fronteira com a Argentina pagamos um pedágio de R$ 28,60 ou $U 260 (pesos uruguaios).
Por conta do trecho em manutenção gastamos 3h30min entre Tacuarembó e a Ponte Internacional Artigas. Uma hora após cruzar a ponte pagamos outro pedágio de R$4 ou $40, em pesos argentinos. Paramos para almoçar em um restaurante que fica logo na entrada da Província de Entre Rios, onde uma parrilla para 4 pessoas custou R$ 101,00 ou 1000 pesos argentinos.
Após cruzar a ponte que separa a Província de Entre Rios da Província de Paraná de Las Palmas pagamos mais um pedágio no valor de R$ 6,00 ou $ 60 pesos argentinos. E ao passar pela cidade de Zárete, na Província de Rio de La Plata, outro pedágio de R$ 4,50 ou 45 pesos argentinos. Na entrada da Província de Buenos Aires, outro pedágio de R$ 2,00 ou 19 pesos argentinos.
Chegamos na capital da Argentina por volta das 15h.
No percurso de volta decidimos dormir em Santana do Livramento, onde os hotéis cobram em média, R$ 180,00. A única diferença no preço dos pedágios pagos ao longo do percurso é que para sair de Buenos Aires custa um pouco mais caro, de 19 pesos para 28 pesos argentinos.
DICA: Para quem quer aproveitar a viagem para conhecer também a capital do Uruguai, da fronteira do Brasil com o Uruguai (em Rivera) são 501 Km e de Montevidéo (capital do Uruguai) para Colonia del Sacramento são 177 Km. O viajante pode deixar o carro em Colonia e atravessar o Rio da Prata de Catamarã (barcos que transportam pessoas e automóveis). A empresa Buquebus é a mais confiável e a venda de passagens pode ser pela internet.
FURADA: Por conta da crise econômica na Argentina, não vale a pena estacionar nas ruas. O ideal é usar estacionamento pagos. Ao visitar o bairro La Boca, onde fica o famoso Caminito e o estádio La Bombonera (do Boca Juniors), nosso carro foi atacado por ladrões, que quebraram o vidro de uma das portas traseiras e assim roubar o interior do veículo. O pior de tudo é que a Polícia não fez nada, além de “sugerir” que não fizéssemos o registro da ocorrência.
Sobre a viagem
Tirando a ocorrência no bairro La Boca, a viagem foi tranquila. Os Hermanos são gentis, as rodovias não têm trânsito pesado como as do Brasil e a segurança nos pontos turísticos estão dentro da normalidade. O viajante deve ficar atento aos seus pertences e evitar sempre lugares muito concorridos, sem antes agendar a visita, como restaurantes famosos, teatro e casa de shows.
